MUSEO

Erotismo e arte em "MUSEO" de Rauw Alejandro

Em "MUSEO", Rauw Alejandro utiliza a metáfora do corpo da amada como uma obra de arte exposta em um museu para expressar não só desejo físico, mas também uma admiração profunda e quase reverente. Isso fica claro em versos como “Ese toto un museo, en tus agua' buceo” (Essa parte é um museu, mergulho nas suas águas). O videoclipe reforça essa ideia ao mostrar o artista como pintor, com esculturas ganhando vida, sugerindo que a intimidade entre os amantes é elevada a uma experiência artística, onde cada detalhe merece contemplação e celebração.

A letra é direta e sensual, descrevendo cenas de paixão intensa, como “En cuatro la puse, adentro se la eché” (Coloquei ela de quatro, gozei dentro) e “La cama haciendo sonidos” (A cama fazendo barulhos). Apesar do tom explícito, há momentos de carinho, como quando ele pede proteção divina para a amada enquanto ela dorme. As menções a cidades como Barcelona e Nova York conectam a música a experiências reais e alimentam especulações de que a canção seria uma homenagem à então namorada Rosalía. O tom confiante e descontraído, presente em frases como “La cama e' una selva y 'toy buscando encontrarme la fiera” (A cama é uma selva e estou tentando encontrar a fera), mostra que o desejo é vivido sem culpa, com entrega e cumplicidade.

Além do erotismo, a música aborda a dualidade entre prazer e dor, como em “Mi nena masoquista le da placer que le dé dolor” (Minha garota masoquista sente prazer quando sente dor), mostrando abertura para experimentação e jogos consensuais. "MUSEO" se destaca por unir romantismo, sensualidade e arte, consolidando Rauw Alejandro como um artista inovador ao tratar temas íntimos com criatividade dentro do reggaeton.