Monster

Celebrando o não convencional em “Monster” da Reckless Love

“Monster”, da Reckless Love, desafia os padrões tradicionais de beleza ao exaltar uma mulher com características artificiais e modificações estéticas, como “plastic boobs” (seios de silicone) e “forgery by a surgery” (falsificação por cirurgia). Termos como “monster” e referências a Frankenstein e silicone não são usados de forma pejorativa, mas sim para destacar o fascínio pelo que é considerado antinatural ou sintético. O vocalista Olli Herman já descreveu essa figura como um “demônio afrodisíaco”, e a letra reforça essa ideia ao associar a atração sexual a elementos de perigo e transgressão, como “venom in her skin” (veneno na pele dela) e “evil grin” (sorriso maligno).

A música brinca com a ideia de que a artificialidade pode ser tão sedutora quanto a beleza natural, transformando cicatrizes e imperfeições em fetiches, como em “I wanna lick her beauty scars” (quero lamber as cicatrizes de beleza dela). O tom irreverente e provocador, reforçado por menções a “superwoman” e “dirty freak” (freak suja), mostra que a intenção não é julgar, mas celebrar o desejo pelo diferente e pelo proibido. A mistura de glam metal com pop dos anos 90 reforça essa atmosfera divertida e exagerada, fazendo de “Monster” uma ode ao prazer sem culpa e à liberdade de se sentir atraído pelo que foge do convencional.