
Itamaracá (Sun of Jamaica)
Reginaldo Rossi
“Itamaracá (Sun of Jamaica)” E a ilha como casa afetiva
Reginaldo Rossi transforma o sonho caribenho de “Sun of Jamaica” (Sol da Jamaica) em uma declaração íntima de pertencimento a Pernambuco. Ao trocar a Jamaica pela Ilha de Itamaracá e afirmar “Itamaracá, em Tupi-Guarani, quer dizer Pedra que canta”, ele ancora a fantasia num vínculo cultural e afetivo concreto. A letra exalta o lugar como “ilha encantada” e “reino encantado”; “e todos são reis por aqui” sugere acolhimento e valor para cada pessoa. As imagens diretas — “areia tão branca”, “teu céu e o teu mar”, “Paraíso é Itamaracá” — compõem menos um retrato turístico e mais um estado de afeto. O refrão “Ie, Ie, Ie...” preserva a vibração festiva da versão original e traduz a alegria solar que a ilha desperta.
Os trechos falados funcionam como memória em primeira pessoa: Rossi localiza a ilha “que fica lá em Recife, a minha terra”, lembra o pai que o levava aos domingos e, já adulto, confessa a saudade quando “acorda no meio da noite” e vive um “sonho de olhos abertos”. A passagem do menino que “só podia conceber que ali era o céu” ao homem que revive essa paisagem sintetiza pertença e nostalgia. “Pedra que canta” opera em duplo sentido: além do significado tupi, vira a imagem do lugar que “canta o amor”, como se chão e mar emitissem a melodia das lembranças. Já o “reino encantado” em que “todos são reis” pode ser lido como fantasia infantil que persiste, mas também como ideia de dignidade compartilhada de quem vive e ama Itamaracá.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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