
A Raposa e as Uvas
Reginaldo Rossi
Juventude e desejo em "A Raposa e as Uvas" de Reginaldo Rossi
"A Raposa e as Uvas", de Reginaldo Rossi, revisita a juventude dos anos 1960 com um olhar nostálgico e romântico, ao mesmo tempo em que subverte a moral da fábula de Esopo. Na história original, a raposa desiste das uvas que não consegue alcançar, mas na música, o protagonista mantém a esperança e insiste em conquistar o amor da moça, mesmo diante das recusas e da timidez dela. Essa inversão reforça o tom otimista da canção, mostrando que o desejo e a persistência eram parte do jogo amoroso daquela época.
A letra traz detalhes que transportam o ouvinte para os bailes antigos: laquê no cabelo, vestidos rodados, anáguas com babados, perfumes marcantes como Lancaster e Chanel, e a música de "Besame Mucho". Esses elementos criam uma atmosfera de inocência e encanto juvenil, mas também evidenciam as normas sociais conservadoras do período, como o conselho materno de "só depois de casar" e o medo do pai da moça. O verso "A pílula já existia, mas nem se falava" destaca o tabu em torno da sexualidade feminina, reforçando o contraste entre o desejo do rapaz e as limitações impostas pela sociedade. O refrão "Eu era a raposa, você era as uvas, eu sempre querendo teu beijo roubar" resume o jogo de conquista e a tensão entre desejo e recato. Reginaldo Rossi transforma a fábula em um retrato afetivo de uma geração, misturando humor, desejo e saudade de um tempo em que o amor era vivido com mais inocência e expectativa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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