Trouble Maker

Orgulho e resistência em "Trouble Maker" de REMA

Em "Trouble Maker", REMA transforma o termo "trouble maker" (criador de problemas) em um símbolo de orgulho e resistência. Ao repetir "Dem say I be trouble maker, I go disturb everybody" (Dizem que sou criador de problemas, vou incomodar todo mundo), ele assume essa identidade como uma resposta à pressão social para se encaixar. Para REMA, ser chamado de incômodo é preferível a ser ignorado, como mostra o verso "E be better say they no call me nobody, I go still pass everybody even though say una use extra sheet" (É melhor que não me chamem de ninguém, ainda vou superar todo mundo, mesmo que vocês usem folha extra). Essa postura reflete experiências reais de julgamento e reforça sua busca por autenticidade e espaço próprio, mesmo diante de críticas e obstáculos.

A música também destaca a importância da independência financeira e do trabalho duro. No trecho "Bought my first land since I was 17, you know steady grinding" (Comprei meu primeiro terreno aos 17, você sabe, sempre batalhando), REMA enfatiza que seu sucesso é fruto de esforço contínuo. Ele e seus amigos estão sempre "hustling" (batalhando), mostrando que nada veio fácil. O verso "Keep who I really be on a low low" (Mantenho quem eu realmente sou em segredo) revela que, apesar da fama, ele protege sua essência para evitar julgamentos superficiais. A referência ao "green that's yellow" brinca com as cores da bandeira nigeriana e também sugere dinheiro e sucesso, reforçando o foco em prosperidade e superação. "Trouble Maker" é, assim, um manifesto de autoconfiança, onde REMA valoriza sua trajetória e desafia quem tenta diminuí-lo.