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Alvorada de Saudade

Ricardo Bergha

Letra

    Sopra um vento beliscando algum topete, bem copado
    Desses tantos, que balançam pelos junhos orvalhados
    Numa trança o resquício de uma crinera é colgado
    Onde as fugas e escoraços de algum lombo fez costado

    Manhaneira é a sanga escorrendo pelas pedras
    Casco sujo, de uma potra, tinge a água que ainda gela
    E a quietude que afronta o canto livre dos pelinchos
    Também morre na manada aos chamados em relinchos

    Alvorada de saudade treme um peito alma tristonha
    Que soluça vendo os olhos da manhãzita risonha
    Acordando mostra ao mundo, o simplório na essência
    Onde o couro se arrepia nessa manhã de querência

    De alma gêmea e semblante tão notório, vejo às duas
    Margaridas que resistem, trazem no centro a ternura
    Do amarelo que ofusca junto ao Sol que apadrinha
    E uma abelha passageira que é serviçal de rainha

    Vejo assim, um céu azul feito um bordado de sonhos
    Quando a mirada boceja, acordando o dia no campo
    Por andarilho meu coração silba as dores congeladas
    Pois, tenho tudo em minha frente mesmo assim não tenho nada

    Alvorada de saudade treme um peito alma tristonha
    Ao contraponto (inspirado) a uma rima que se exponha
    Num poema manhaneiro que me faz voltar guri
    Pelas voltas sou povoeiro, mas recordo o que vivi

    Composição: Filipe Calvete Corso / Rafael Ferreira. Essa informação está errada? Nos avise.

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