Never is a long, long time

Reflexão sobre escolhas e tempo em “Never is a long, long time”

A música “Never is a long, long time”, de Rick Wakeman, aborda de forma clara como a procrastinação e a espera passiva podem transformar o “nunca” em uma sensação de eternidade vazia. A repetição do título ao longo da canção reforça a ideia de que a falta de ação faz o tempo parecer interminável, alinhando-se ao conceito do álbum “Return to the Centre of the Earth”, que trata de jornadas internas e da busca por sentido na vida.

Trechos como “Waiting in the queue for a life to start, It's a waste of your time and mine” (“Esperando na fila para a vida começar, é uma perda do seu tempo e do meu”) criticam o hábito de adiar decisões e viver no futuro, enquanto versos como “No time like the present, Tomorrow never comes” (“Não há tempo como o presente, o amanhã nunca chega”) incentivam a valorização do agora. A letra também utiliza imagens como “Speed kills, going nowhere” (“A pressa mata, indo a lugar nenhum”) e “Fast life, in a meltdown” (“Vida acelerada, em colapso”) para mostrar que viver de forma apressada, mas sem propósito, é ilusório. Ao mencionar “Big Brother” e a obediência cega, a música faz uma crítica à conformidade social e à perda de autonomia, conectando-se ao tema do álbum sobre autodescoberta. Por fim, ao citar “Everlasting movement, to the centre of the earth” (“Movimento eterno, ao centro da Terra”), a canção simboliza a busca constante por respostas e liberdade interior, convidando o ouvinte a refletir sobre escolhas, consequências e a urgência de viver de forma autêntica.