Hashitairo

Reflexão sobre amadurecimento e mudança em “Hashitairo”

O título “Hashitairo”, que pode ser traduzido como “cores estranhas” ou “cores mistas”, já indica a proposta da música de abordar a complexidade das emoções humanas em um mundo em constante transformação. Essa ideia aparece claramente na letra, como no trecho “Eu olho para os vestígios do mar seco e imagino a margem ainda não vista”, que expressa o desejo de explorar o desconhecido, tanto no sentido literal quanto emocional. Composta para o anime “Kujira no Kora wa Sajou ni Utau”, a música reforça o clima melancólico e contemplativo da obra, onde os personagens enfrentam desafios existenciais em um cenário pós-apocalíptico.

A letra trata de forma sensível o amadurecimento e a inevitabilidade das mudanças. O verso “Nós não podemos permanecer como crianças que não sabem de nada” destaca a transição da inocência para a consciência, um processo que pode ser difícil, mas é fundamental para o crescimento. A imagem de “um casulo pequeno, enrolado, querendo apenas dormir em paz” representa o desejo de proteção diante das incertezas, enquanto a decisão de “apertar as mãos e seguir para abraçar o sonho nascido em uma vida curta” mostra a importância das conexões e dos sonhos compartilhados, mesmo diante da efemeridade da vida. O tom introspectivo da canção, aliado ao contexto do anime, faz de “Hashitairo” uma reflexão sobre a busca de sentido, a aceitação das mudanças e a beleza encontrada nas nuances da existência.