Só Pra o Vento

Liberdade e nostalgia em “Só Pra o Vento” de Ritchie

Em “Só Pra o Vento”, Ritchie utiliza a metáfora do vento para retratar uma mulher marcada pela liberdade e pela impossibilidade de ser compreendida ou contida. A expressão “só pra o vento” reforça a ideia de alguém que vive de forma espontânea, guiada pelo momento, cuja presença é sentida, mas nunca totalmente capturada. O verso “Vinha contra o vento na beira do mar” destaca a força e independência dessa mulher, mostrando que ela segue seu próprio caminho, mesmo diante de desafios.

A letra transmite nostalgia e admiração, especialmente nos trechos “Eu sempre vou lembrar” e “Fiz uma canção só pra lembrar”, revelando que o narrador guarda lembranças marcantes dessa figura livre. O vento simboliza tanto a leveza quanto a transitoriedade dos encontros e sentimentos. O contexto da música como tema da personagem Jô Penteado na novela “A Gata Comeu” reforça essa imagem de uma mulher carismática, livre e difícil de decifrar. No final, a frase “ela sabe amar, assim como o vento sabe inventar” sugere que o amor dela é criativo, imprevisível e impossível de controlar, assim como o próprio vento.