Making Love

Amor e superação em "Making Love" de Roberta Flack

A música "Making Love", interpretada por Roberta Flack, aborda o amor de forma sensível e universal, tendo como pano de fundo o filme homônimo, um marco por tratar abertamente da homossexualidade em Hollywood nos anos 1980. Embora a letra nunca especifique o gênero dos amantes, o contexto do filme e declarações da própria Flack deixam claro que a canção foi pensada para expressar o amor entre dois homens, mas de modo que qualquer pessoa pudesse se identificar. Isso se reflete em versos como “There's more to love I know / Than making love” (Há mais no amor, eu sei / Do que fazer amor), que destacam que o vínculo emocional, a cumplicidade e o crescimento conjunto vão além do aspecto físico da relação.

A atmosfera suave da música é reforçada por lembranças de superação e amadurecimento, como em “Remember when we thought / Our hearts would never mend” (Lembre-se de quando achamos / Que nossos corações nunca iriam se curar) e “Remember when we thought / We never would survive” (Lembre-se de quando achamos / Que nunca iríamos sobreviver). Esses trechos mostram que o relacionamento enfrentou dificuldades, mas ambos saíram mais fortes. A repetição da ideia de que "há mais no amor do que fazer amor" reforça que a verdadeira intimidade está na aceitação, no apoio e na capacidade de recomeçar juntos. No final, a frase “And I'll remember you and making love / And I'll remember you” (E eu vou lembrar de você e de fazer amor / E eu vou lembrar de você) destaca a importância das memórias afetivas e do impacto duradouro de uma relação significativa, independentemente de sua forma ou de como é vista socialmente.