
Mandingo
Roberta Sá
Resistência e ancestralidade negra em “Mandingo” de Roberta Sá
A música “Mandingo”, de Roberta Sá, traz à tona a figura do “nêgo mandingo” como símbolo de força, sabedoria ancestral e conexão espiritual. O termo “mandingo” faz referência ao povo Mandinga da África Ocidental, conhecidos por sua resistência e riqueza cultural. Já a menção ao “nêgo malê” remete aos muçulmanos africanos escravizados no Brasil, protagonistas da Revolta dos Malês, um dos maiores levantes de escravizados do país. Ao afirmar que ele “foi rei no Senegal”, a letra reforça a ideia de nobreza e poder ancestral, conectando o personagem central a uma linhagem de liderança e respeito dentro da diáspora africana.
A letra destaca práticas como “apanhar a folha”, “mexer na erva”, “rezar a reza” e “curimar”, que são referências diretas às tradições de cura, benzimento e espiritualidade das religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda. Elementos como “cabôco e orixá”, “talismã”, “tecebá” (objeto ritualístico), além das menções a Oxum e Ogum Xoroquê, reforçam a presença dos orixás e entidades espirituais, mostrando que o personagem domina saberes sagrados e é respeitado por sua ligação com o divino. O verso “nó de amor que ele faz ninguém desata” sugere a força dos laços afetivos e espirituais criados por ele, além de destacar sua influência profunda e inquebrável. Assim, “Mandingo” celebra a resistência, a sabedoria e a dignidade do povo negro, valorizando suas raízes e práticas culturais como fonte de poder e identidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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