Marejada

O amor como mar em constante movimento em “Marejada”

Em “Marejada”, Roberta Sá utiliza o mar como uma metáfora direta para o amor, destacando sua beleza, intensidade e imprevisibilidade. O verso “Aprendi no marejo do mar as manhas do amor” mostra como as experiências afetivas são comparadas ao movimento das águas: ora tranquilas, ora agitadas, sempre trazendo novos aprendizados sobre entrega, desejo e superação. A repetição de “marejou, o mar marejou” reforça a ideia de que o sentimento amoroso é fluido e, muitas vezes, avassalador, assim como uma maré que foge ao controle.

O contexto do álbum “Quando o Canto é Reza”, que homenageia o samba tradicional e a obra de Roque Ferreira, valoriza ainda mais as imagens ligadas ao mar, elemento marcante na cultura e na música popular brasileira. Trechos como “Tem que ser onda forte pra me derrubar” e “Não me embaraço na rede da dor” revelam uma personagem que, mesmo se entregando ao amor, mantém sua força e resiliência diante das dificuldades. A canção sugere amadurecimento emocional: ao viver o amor intensamente, a narradora aprende a lidar com suas nuances, transformando cada “marejo” em aprendizado. Assim, “Marejada” celebra o amor como uma experiência transformadora, cheia de encantos e desafios, sempre em movimento como o próprio mar.