
Ah, Se Eu Vou
Roberta Sá
Desejo e liberdade em “Ah, Se Eu Vou”, de Roberta Sá
A canção joga com a tensão entre desejo e autonomia. Ele quer circular por várias rodas; ela tenta monopolizar o corpo e a atenção dele. “Ah, Se Eu Vou” transforma a barra da saia “querendo rodar” em imagem do impulso de dançar, enquanto “segurar” tem duplo sentido: amparar no giro e prender para que ele não vá. O convite aparece como rotina sedutora — “Todo santo dia ela ia/ pra dançar coco” — temperado por “dengo” e “simpatia”, mas com viés de controle: “Aí ela vai querer que eu deixe de ir pro samba/ que eu não vá na ciranda de Lia”. No refrão, o “eu vou” fica ambíguo: pode ser rendição ao charme dela ou afirmação da própria liberdade de rodar entre todas as rodas.
A letra costura tradições que vivem na roda — coco, samba e a ciranda — e ancora essa mistura no Nordeste ao citar Lia de Itamaracá, mestra da ciranda. Na gravação de Roberta Sá em Braseiro (2005), a fusão de coco e samba ressalta a ideia da dança como espaço de encontro, flerte e disputa de vontades. Composta por Lula Queiroga, a faixa celebra a força do convite para a roda sem abrir mão do direito de circular. O remix de 2025 com a DJ Tamy atualiza esse convite para a pista de hoje, mostrando que o desejo de rodar — da saia e do corpo — continua vivo e difícil de conter.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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