Nem Lua, Nem Sol

A Luz Divina que Transcende o Tempo e o Espaço

A música 'Nem Lua, Nem Sol' de Rodolfo Abrantes é uma profunda reflexão sobre a presença divina e a transformação espiritual. A letra começa exaltando a grandeza de Deus, descrito como 'assentado no terceiro céu', uma referência bíblica que sugere um lugar de autoridade e santidade. A luz que brilha sobre os homens simboliza a iluminação espiritual que transforma vidas, como evidenciado na linha 'E sou mais um que iluminado está'. Essa luz divina é comparada ao vento que transforma o deserto em um jardim, uma metáfora para a renovação e a fertilidade espiritual.

A segunda estrofe aborda a reconexão com a fonte divina, onde o eu lírico se deixa levar pelas águas, simbolizando a purificação e a renovação espiritual. A frase 'Do que eu fui, indo pra perto do Eu sou' faz uma clara alusão ao nome de Deus revelado a Moisés no Antigo Testamento, 'Eu Sou o que Sou' (Êxodo 3:14). Essa transformação é tão profunda que o eu lírico sente que está passando 'pelos pedaços do véu', uma referência ao véu do templo que se rasgou na crucificação de Jesus, simbolizando o acesso direto a Deus.

O refrão da música enfatiza a esperança escatológica, a crença no fim dos tempos e na nova Jerusalém, onde 'não haverá lua nem sol' porque a presença de Deus será a única luz necessária. Essa visão é inspirada no livro de Apocalipse (21:23), onde se descreve a cidade celestial iluminada pela glória de Deus e pelo Cordeiro. A música também toca em temas de perdão e amor, essenciais na vida cristã, como na linha 'Perdoa quem te deve, eu fiz o mesmo por você'. A repetição do refrão reforça a certeza da fé na promessa divina de um futuro glorioso e eterno.