Odoyá, Minha Mãe

A Celebração de Iemanjá em Versos e Melodia

A música "Odoyá, Minha Mãe" de Rodrigo Quina é uma homenagem à Iemanjá, uma divindade das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, conhecida como a Rainha do Mar. A letra expressa um encontro espiritual e emocional do narrador com a entidade, na beira do mar, um local que simboliza o domínio de Iemanjá. A voz que chama o narrador é a própria Iemanjá, que com seu canto abençoa e traz serenidade.

O pedido para que Iemanjá cuide do coração do narrador e deixe seu corpo sereno reflete a busca por proteção e paz interior, elementos frequentemente associados à figura materna e carinhosa de Iemanjá. A repetição do termo "odoyá" é uma saudação reverente, que significa "mãe cujos filhos são peixes", reforçando a conexão com o mar e a vida marinha. A música também pode ser vista como uma oração ou um ponto cantado, que são cânticos usados nas práticas religiosas para invocar e louvar as entidades.

Através de uma melodia suave e letras que evocam a tranquilidade do mar, a música cria uma atmosfera de devoção e respeito. Ela não apenas celebra a figura de Iemanjá, mas também transmite a sensação de acolhimento e cuidado que muitos fiéis buscam ao se voltarem para a divindade. A música se torna um meio de expressar fé, esperança e a busca por equilíbrio emocional e espiritual.