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Hyakkimaru (Dororo)

Rodrigo Zin

Letra

    Duas, duas
    Duas espadas no lugar dos braços
    Pareço um monstro, sem um ponto fraco
    Sem pele, sem boca, e sem ouvidos
    Enxergo a aura dos meus inimigos
    Não tenho tato, não tenho medo
    Não tenho pernas, tudo é de mentira
    Esses meus olhos são apenas de vidro
    Pareço um demônio, mas salvei sua vila
    Se eu tô, se eu tô falando agora
    É porque minha voz eu recuperei
    Dororo viu de perto, hah, mano eu sou a lei

    Num pega pra briga, que hoje tô rounin
    Andarilho que trampa de fabricar fim
    A cada demônio que mato, é assim
    Recupero uma parte! Uma parte de mim!
    Num pega pra briga, que hoje tô rounin
    Andarilho que trampa de fabricar fim
    A cada demônio que mato, é assim
    Recupero uma parte! Uma parte de mim!
    (Uma parte de mim!)

    Quantos demônios matei
    Maldito corpo eu recuperei
    Cheiro a sangue, feito de próteses
    Ó que humano aqui me tornei
    Quantos demônios matei
    Maldito corpo eu recuperei
    Cheiro a sangue, feito de próteses
    Ó que humano aqui me tornei

    Culpa da mãe, por eu estar vivo
    Culpa do pai, por eu parecer isso
    Um monstro criado, por puro egoísmo
    Quem negocia a alma do próprio filho?
    Tá tudo guardado, e eu olhei pra morte
    Não deixa eu morrer, que eu volto mais forte
    Olharam de baixo e eu cortei de cima
    As estatuas quebraram, é demônio na mira!
    O castelo caindo, enquanto eu me levanto
    Sangue samurai, nas chamas tão gritando
    Se não bastasse, eu tenho um irmão
    Crescido em berço de ouro, patrão
    Não é pela grana, mas é por justiça
    Porque mereci quase perder a vida?
    Claro, por sorte, você foi meu tesouro
    Obrigado por tudo, né dororo?

    Dororo, dororo, dororo
    Obrigado por tudo, né, dororo?

    Quantos demônios matei
    Maldito corpo eu recuperei
    Cheiro a sangue, feito de prótese
    Ó que humano aqui me tornei
    Quantos demônios matei
    Maldito corpo eu recuperei
    Cheiro a sangue, feito de prótese
    Ó que humano aqui me tornei

    Agora que eu consigo ver
    Vejo tanto sangue aqui
    E se tua vida eu poupei
    É porque eu descobri a vida em mim
    Mas não posso aceitar
    Eu sei que pode doer
    Mas só quero encontrar
    Você, dororo, quando eu aprender
    A valorizar o meu novo eu

    Dororo, dororo, dororo
    Obrigado por tudo, né dororo?
    Dororo, dororo, dororo
    Domo arigato né dororo


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