Eu Quero Saber Quem Matou

Crítica à marginalização em "Eu Quero Saber Quem Matou"

Em "Eu Quero Saber Quem Matou", Rogério Skylab faz uma crítica direta à invisibilidade e ao descaso enfrentados por artistas inovadores da música brasileira. A repetição da frase "Eu quero saber quem matou" seguida dos nomes de músicos ligados à música experimental e independente funciona como uma metáfora para o apagamento e a falta de reconhecimento desses artistas. Skylab não fala de assassinato literal, mas questiona quem seria responsável pelo esquecimento dessas figuras, apontando para uma responsabilidade coletiva que envolve a indústria, o público e a mídia.

O próprio Skylab já explicou que a escolha dos nomes citados na música reflete sua visão pessoal sobre artistas relevantes e injustamente negligenciados no cenário nacional. Ao mencionar nomes como Tom Zé, Walter Franco e Itamar Assumpção, ele destaca músicos que, apesar de sua originalidade e importância, muitas vezes não recebem o devido valor. A repetição insistente da pergunta "quem matou?" no final da canção amplia a crítica, transformando a música em um manifesto irônico sobre a necessidade de valorizar a diversidade e a ousadia artística, além de provocar uma reflexão sobre os mecanismos que silenciam vozes inovadoras no Brasil.