Mudjer

Retrato da mulher cabo-verdiana em "Mudjer" de Romeu Di Lurdis

A música "Mudjer", de Romeu Di Lurdis, faz uma homenagem profunda à mulher cabo-verdiana, destacando sua força, resiliência e papel central na sociedade. O artista utiliza cenas do cotidiano, como "lata d'águ ka ta kai" e "kordon di sibitxi dja da un boita ke remedi mulestra", para mostrar a mulher como o alicerce da família e da comunidade, sempre presente nas tarefas essenciais e nas tradições locais. Ao afirmar "Mudjer di Kau Berdi é bunita sima kusa ki txuba ta txobe-l na rostu", ele associa a beleza feminina à natureza, reforçando a ideia de que a mulher é parte fundamental e harmoniosa do ambiente de Cabo Verde.

A canção valoriza todas as fases da vida da mulher, como nos versos "É bunita prenha, é bunita prenhada, é bunita parida", reconhecendo a dignidade da maternidade e do cotidiano. Romeu Di Lurdis também utiliza metáforas que elevam a mulher a um patamar quase mítico, como em "Mudjer tem koroá, sorti más grandi di mundu" e "Mudjer é moda sol... e ta da luz tikaba, e ta da bida", atribuindo a ela o poder de gerar, nutrir e iluminar. Comparações como "Si omi é sábi, mudjer é dimas" e "Si omi é sukri, mudjer é mel" reforçam que a mulher é o complemento mais doce e essencial, indo além do que o homem pode ser sozinho. Assim, "Mudjer" se destaca como um tributo respeitoso, reconhecendo a mulher como fonte de vida, alegria e continuidade cultural em Cabo Verde.