DESPECHÁ

Liberdade e empoderamento feminino em “DESPECHÁ” de ROSALÍA

Em “DESPECHÁ”, ROSALÍA transforma o termo que normalmente significa estar magoada ou ressentida em um símbolo de libertação e celebração. A menção a Fefita La Grande, com “Fefa, ella es la jefa”, é uma homenagem direta ao merengue dominicano e destaca o empoderamento feminino, tema central da música. Desde o início, a letra deixa claro o rompimento com um relacionamento tóxico: “Baby, no me llame', que yo estoy ocupá' olvidando tus male'”, mostrando que a prioridade agora é se divertir com as amigas e deixar para trás qualquer tristeza.

O refrão, “ando despechá', oah, alocá'”, reforça o clima de leveza e ousadia, onde sair para dançar e curtir a noite é a resposta para superar mágoas. Referências como “motomami” e “gyales” conectam a canção à identidade multifacetada de ROSALÍA e à cultura caribenha e urbana. O ritmo animado, que mistura mambo, merengue e pop eletrônico, reflete as influências das viagens da artista à República Dominicana e de nomes como Omega e Juan Luis Guerra. Elementos como “piña colada”, “la disco coroná'” e o clima de festa sem culpa reforçam essa atmosfera. O verso “Fuck la fama, fuck la faena” expressa o desejo de se desligar das pressões externas e focar no prazer do momento, enquanto “Voy a 180 porque soy una racineta” usa a metáfora da velocidade para transmitir autonomia e confiança, consolidando o tom vibrante e empoderado da música.