
Porcelana
ROSALÍA
Identidade e dualidade em "Porcelana" de ROSALÍA
Em "Porcelana", ROSALÍA utiliza uma mistura de espanhol, japonês, latim e inglês para destacar sua identidade multifacetada e a busca por algo além das fronteiras culturais. O verso em japonês, “美貌なんて 捨ててやる” ("Vou jogar fora minha beleza"), faz referência à monja Ryōnen Gensō, que abriu mão de sua aparência para seguir um caminho espiritual. Essa escolha conecta a fragilidade da "pele de porcelana" à força de quem renuncia à superficialidade em nome de um propósito maior. Assim, a porcelana simboliza tanto vulnerabilidade quanto resistência diante das pressões externas e internas.
A música explora a dualidade entre prazer e dor, como nos versos “El placer anestesia mi dolor / El dolor anestesia mi placer”, mostrando como esses sentimentos se misturam na experiência humana. O uso do latim em “Ego sum nihil, ego sum lux mundi” ("Eu sou nada, eu sou a luz do mundo") aprofunda essa ambiguidade, revelando uma oscilação entre insignificância e autopercepção como fonte de luz e transformação. A repetição de “scared” ("assustada") em inglês reforça a tensão entre coragem e medo. ROSALÍA se apresenta como alguém capaz de inspirar, envenenar, curar e transformar, assumindo o papel de "diva del tigueraje" e "caos no feminino". "Porcelana" é, assim, um manifesto de poder e vulnerabilidade, onde a artista se reconhece como agente de mudança, mas também enfrenta seus próprios medos e limites.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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