
Fora de Ocasião
Royce do Cavaco
Tempo perdido em “Fora de Ocasião”, amor que se despede
“Fora de Ocasião”, lançada em 1988 no álbum Nova Manhã e composta por Arlindo Cruz, Jorge Carioca e Marquinho PQD, gira em torno do timing: a esperança chega tarde. A canção subverte a ideia de recomeço — “depois do temporal”, a luz não cura porque veio “fora de ocasião”. O eu lírico reconhece o desgaste: “Acho que a saudade já te encontrou… mas deixa como está” sugere arrependimento tardio; em “Quando a solidão desperta o desamor / Se quer falar de amor, não dá”, a distância já virou esfriamento. O sentimento dominante combina saudade, solidão e resignação, amadurecendo até a aceitação do fim.
As imagens reforçam a ruptura. “Depois do temporal o Sol que vai brilhar / Pode não apagar o que aconteceu” indica que a bonança não repara os estragos. A expressão “fora de ocasião” funciona em duplo sentido — “fora do tempo” e “fora do lugar” —, uma chance que já não se encaixa. O verso “Teu navio quis abandonar meu cais” sela a separação: quem partiu quebrou o vínculo, e não há por que “correr atrás”. A conclusão é serena e definitiva: “Pois o nosso amor já chegou ao fim / Não venha procurar por mim”. Na interpretação de Royce do Cavaco, reconhecido pela firmeza na condução de sambas-enredo, a cadência contida realça essa decisão sem dramatização, sublinhando um ciclo encerrado com clareza.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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