Pinguim

Renovação e leveza no amadurecimento em “Pinguim”

A música “Pinguim”, de Rubel, aborda o fim de ciclos como uma oportunidade de renovação, sem perder a leveza. Rubel utiliza imagens que unem inocência e maturidade, como em “os olhos virgens de criança e a flor de uma mulher”, para mostrar que é possível crescer mantendo a pureza do olhar infantil. O próprio artista já afirmou que a canção reflete sobre o que vale a pena levar adiante após um término, ideia reforçada no verso final: “Não esquece de esquecer o que tem que se esquecer”. Essa frase destaca a importância de deixar para trás o que não serve mais, sem abrir mão da própria essência.

A música também se destaca pelas referências culturais, como “Snoop Dogg e Jorge Ben”, e pela mistura de estilos como samba, MPB e hip hop, criando uma atmosfera descontraída e atual. Metáforas como “a cuca fresca de um pinguim” e “certeza escrita em giz de cera” evocam tanto a tranquilidade quanto a natureza passageira das certezas da infância, sugerindo que a vida pode ser mais leve se encarada com criatividade e flexibilidade. O refrão “Eu vou passar, cê vai passar também” reforça a ideia de que tudo é transitório e que, ao atravessar momentos difíceis, é possível encontrar beleza e aprendizado no caminho.