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Pausa Na Marcha

Rui Carlos Ávila

Letra

    Meu verso boleia a perna
    Na curva de um corredor
    Um pôr de sol colorado
    Veste de um gris azulado
    A copa das corticeiras
    Sangradas de seiva em flor

    Meu verso cansado e triste
    Avia o fogo em pesar
    Esperando a noite larga
    Mateio as ânsias amargas
    Dos meus penares vaqueanos
    Já gastos de tanto andar

    (Meu verso amargo e solito
    De tanto buscar sem ter
    Vislumbrado, alvo, imponente,
    Num sol vermelho nascente,
    Beber água da vertente
    Na luz de um amanhecer)

    Meu verso encilha d'espacio
    Na manhãzita um ritual
    Como quem recorre um campo
    Sem pressa por companheira
    Assobiando uma coplita
    Sem princípio nem final

    Meu verso procura a volta
    E senta o corpo nos bastos
    Um largo fio de horizonte
    Revolteia um pañuelo
    Convidando um caminhante
    À jornada retomar

    (Meu verso amargo e solito
    De tanto buscar sem ter
    Vislumbrado, alvo, imponente,
    Num sol vermelho nascente,
    Beber água da vertente
    Na luz de um amanhecer)

    E meu verso encurta a rédea
    Taloneia um mouro pampa
    Como um gaúcho de estampa
    No seu mistério de andejar

    Composição: Roberto Luçardo / Guilherme Collares. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Anderson. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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