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Letra

    Há um silêncio espichado
    Nos intervalos do vento
    Que por certo encontra o medo
    E para meio assombrado

    O que a palavra não diz,
    È o sentido dos cavalos,
    E a noite chora os acasos
    Nos braços daquela cruz.

    Era uma tropa comprida,
    Vinda lá das missões,
    Conduzida pra charqueada
    Entre sonhos e ilusões.

    E o coração de um deles
    Sentiu no negro do olhar,
    Os trejeitos de um pontaço
    Quando foi desencilhar.

    A morena era o sossego
    Pra quem sofreu de distâncias,
    Prenúncios de água boa
    Matando a sede das ânsias.

    A notícia entrou na sala,
    Do que vieram junto ao rio,
    Madrugada que acordava
    Prenunciando algum vazio

    E tudo perdeu o sentido
    De baixo de uma figueira
    Ao tropeiro de olhos compridos
    Tocou a gravata vermelha.

    O caseiriu todo branco
    E uma janela trancada,
    A filha estancando o pranto,
    Ficou pra sempre calada.

    Quando a noite da charqueada
    Tem sussurros de assombros,
    Na frente da casa grande
    Um figueirão perde o sono.

    O tempo consome a história,
    E as pedras do mangueirão,
    Mas sempre à noite lá fora,
    Tem cismas de assombração.

    Composição: Cristian Davesac / L. Xirú Antunes / M. Rui Carlos Ávila. Essa informação está errada? Nos avise.

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