
Má Fortuna
Rui Veloso
Reflexão sobre destino e esperança em "Má Fortuna"
Em "Má Fortuna", Rui Veloso utiliza o Cabo de Guardafui como metáfora para ilustrar um estado de isolamento e adversidade. O local, conhecido por sua aridez na Somália, representa não só um destino distante, mas também o sentimento de quem se vê à mercê da má sorte. A letra, escrita por Carlos Tê, reforça essa ideia ao comparar a vida do narrador ao cabo: "Como este Cabo tão triste / Pedregoso e sem verdura / Assim minha vida existe / Marcada pra'la desventura". O cenário serve como pano de fundo para a espera por "bons ventos", simbolizando o desejo por mudanças positivas que parecem sempre fora de alcance.
A música alterna entre resignação e esperança, mostrando a luta interna do narrador diante das próprias escolhas e das consequências que enfrenta: "Só me deu pra dizer não / Em tempo de dizer sim / Também na mesma moeda / O mundo me paga a mim". O tom melancólico é reforçado pela autocrítica e pela busca de explicações para o infortúnio, seja questionando a musa, os deuses ou o próprio ouvinte. A dualidade dos sentimentos aparece no verso "arde em mim com dois lumes / Um é branco e outro é preto", indicando a convivência entre esperança e desilusão. No final, a canção questiona o clichê do poeta infeliz, ampliando a reflexão sobre a relação entre sofrimento e criatividade. A interpretação sensível de Rui Veloso, em parceria com Luís Represas, intensifica o tom introspectivo e emocional da faixa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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