Conquistadores

Hipocrisia e violência histórica em “Conquistadores” do Running Wild

A música “Conquistadores”, do Running Wild, faz uma crítica direta à brutalidade e à hipocrisia dos conquistadores espanhóis durante a colonização das Américas. A banda expõe como a ganância e o fanatismo religioso motivaram atos de violência, destacando a cumplicidade da Igreja Católica nesses crimes. O verso “They fight, they kill, they rape / Under the banner of the Holy Church” (“Eles lutam, matam, estupram / Sob a bandeira da Santa Igreja”) evidencia como a fé era usada como justificativa para atrocidades, reforçando a denúncia do uso da religião como ferramenta de dominação e extermínio dos povos indígenas.

A letra também aborda a manipulação e o engano praticados pelos conquistadores, como em “Pearls of glass for ingots of gold / Violence, force and deceit” (“Pérolas de vidro por lingotes de ouro / Violência, força e engano”), mostrando a exploração dos recursos nativos e a troca desigual imposta aos povos originários. A imposição do cristianismo sob ameaça de morte aparece em “Heathen must turn to Christianity / It's like believe or die” (“Pagãos devem se converter ao Cristianismo / É como acreditar ou morrer”), criticando a intolerância e o autoritarismo religioso. O refrão “Conquistadores / Hungry for gold / Doing as the religious madman told” (“Conquistadores / Famintos por ouro / Fazendo o que o fanático religioso mandou”) resume a mensagem central: a destruição causada pela união de ambição material e fanatismo. Assim, a música alerta para os perigos do poder aliado à intolerância, mantendo a tradição do Running Wild de unir crítica social e temas históricos em seu metal pirata.