MVP (part. Veigh)

Ascensão e autovalorização em “MVP (part. Veigh)” de Ryu, The Runner

Em “MVP (part. Veigh)”, Ryu, The Runner e Veigh utilizam a expressão esportiva “MVP” (Most Valuable Player) como símbolo de destaque e autovalorização no universo do trap. Ao se autodenominarem “novo MVP”, os artistas celebram o próprio sucesso e deixam claro que conquistaram um lugar de protagonismo em meio à concorrência. Essa ideia aparece em versos como “Meu contrato é igual de jogador, duvido eu cair”, onde a estabilidade e o prestígio são comparados aos de atletas de elite, reforçando o reconhecimento e a ascensão financeira que alcançaram.

A ostentação é um tema central, evidenciada por menções a marcas de luxo como Rolex e Bape, além de referências a plataformas digitais como PayPal, que representam a modernidade e a globalização dos ganhos. O verso “100K num Rolex, quem disse que eu não posso comprar o tempo?” brinca com a ideia de que o dinheiro pode até desafiar o tempo, mostrando autoconfiança e ironia. A letra também destaca a trajetória de superação, como em “Eu não tinha nada, deixa eu me exibir, olha aí / Nunca mais eu fico pobre, porque eu posso garantir”, indicando que a ostentação é fruto de esforço e não apenas sorte.

A música ainda ironiza críticas e rivalidades, como em “Hater fala mal, meu nome sobe, tudo tem um preço” e “Eu não suporto, mas eu te agradeço”, sugerindo que até as críticas impulsionam o sucesso. O tom direto, o uso de gírias e trocadilhos reforçam a identidade do trap e a postura de quem valoriza o próprio mérito e não deve satisfações a ninguém.