No Bullets Fly

Honra e compaixão em "No Bullets Fly" durante a guerra

A música "No Bullets Fly", da banda Sabaton, destaca um episódio real da Segunda Guerra Mundial em que o piloto alemão Franz Stigler optou por não abater um bombardeiro americano B-17, mesmo tendo a oportunidade. A letra enfatiza a compaixão e o código de honra entre pilotos inimigos, algo pouco comum em canções de heavy metal, que geralmente focam nos aspectos violentos do combate. Trechos como “No bullets fly, spared by his mercy” (Nenhuma bala voa, poupado por sua misericórdia) e “Fly, fighting fair, it's the code of the air” (Voe, lute de forma justa, é o código do ar) reforçam a ideia de que, mesmo em meio à guerra, ainda existe espaço para gestos de humanidade e respeito.

A música também ressalta a coragem moral de Stigler, que “risked his life 2 times that day to save an unknown enemy” (arriscou sua vida duas vezes naquele dia para salvar um inimigo desconhecido). O refrão “Killing machine, honour in the sky” (Máquina de matar, honra no céu) contrapõe a função destrutiva dos aviões de guerra ao valor da honra, sugerindo que o verdadeiro heroísmo pode estar em poupar vidas. Ao mencionar que Stigler “said goodbye to the cross he deserved” (disse adeus à cruz que merecia), a letra faz referência ao risco de punição por não cumprir seu dever militar, reforçando o peso de sua escolha ética. Assim, "No Bullets Fly" vai além de um simples relato de guerra, celebrando a empatia e a humanidade mesmo em situações extremas.