Songi Songi

Crítica às fofocas e autocuidado em “Songi Songi”

Em “Songi Songi”, Salima Chica utiliza a repetição de expressões como “songi songi” e “tala munoko” para transformar uma crítica social em um refrão marcante. O termo “songi songi”, que significa rumores ou fofocas em lingala, é o eixo central da música. A artista mostra como o hábito de falar da vida alheia é recorrente e vazio, especialmente no trecho “kaka ko bla, bla, bla, bla, bla, bla, kanga nanu mbanga nayo” (só fala, fala, fala, mas não faz nada de útil). Essa repetição reforça a ideia de que fofocar é um ciclo sem fim, que pouco acrescenta à vida de quem pratica.

A expressão “tala munoko” (olhe a boca) serve como um alerta direto para quem costuma comentar negativamente sobre os outros, sugerindo que é preciso autocontrole e reflexão antes de julgar. Quando Salima Chica diz “tika ngai na vanda na ngai” (deixe-me ficar na minha), ela destaca a importância de cuidar da própria vida e não se deixar abalar por comentários maldosos. O tom leve e cotidiano da letra, junto ao ritmo Afro-Beat, transforma a crítica em um convite para que cada um foque em si mesmo, evitando cair na armadilha das fofocas e julgamentos.