Mangueira 2026 - Francisco Lino

Tradição amazônica e samba unidos em “Mangueira 2026 - Francisco Lino”

A música “Mangueira 2026 - Francisco Lino”, interpretada por Samba Concorrente, celebra a união entre a tradição amazônica e o samba carioca, destacando a ancestralidade e a força cultural do Amapá ao homenagear Mestre Sacaca. Nos primeiros versos, referências ao “Turé” e ao “ritual” remetem às práticas espirituais indígenas e afro-amazônicas, enquanto a expressão “força ancestral do Povo da floresta” ressalta o papel de Mestre Sacaca como guardião do conhecimento tradicional, especialmente em ervas medicinais e práticas de cura. O trecho “Banzeiro de memórias / Navegam as histórias / Onde meu país começa” valoriza o Amapá como ponto de encontro de culturas e destaca a importância da história afro-indígena do extremo norte do Brasil, tema central do enredo da Mangueira para 2026.

A letra também mostra a integração entre as tradições regionais e o carnaval carioca, unindo símbolos da Mangueira, como o “verde-rosa” e a “Estação Primeira”, a elementos amazônicos, como o “Marabaixo” e o “Rei do Laguinho”. O verso “Contra todo o mal tem garrafada / Ervas e Flores pra dores curar” faz referência direta ao legado de Mestre Sacaca como curandeiro. Já “Lição de Preto Velho, Saravá!” e “Xamã, Doutor, Guardião, Babalaô” ampliam o reconhecimento da diversidade de saberes espirituais afro-brasileiros e indígenas. Ao afirmar “O meio do mundo é a nossa aldeia / Incorporou! A Amazônia é negra!”, a música reforça o orgulho da identidade amazônica e negra, celebrando a união de diferentes territórios e tradições sob o símbolo do samba e do carnaval. O tom vibrante da composição transmite uma mensagem de resistência, pertencimento e valorização das raízes culturais do povo do Amapá, agora em destaque nacional pela Mangueira.