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Portela 2026 - Luiz Carlos Máximo

Samba Concorrente

LetraSignificado

    Chegou minha águia batuqueira
    Gaúcha, sim, senhor
    Negritude não tem fronteira
    É nação de mil bandeiras
    Que a portela incorporou

    Atrás da neblina dos pampas
    De um rio grande e escondido
    O negrinho acendeu a vela
    Para esparramar na noite
    Uma história preta como os olhos dela
    Disse ao velho Bará que o príncipe de Ajudá
    Se aboletou naquela querência
    Num tempo em que ser negro por lá
    Era quase ter que negar a própria existência
    Mas o senhor do Benin
    Que um grilhão jamais vestiu
    Assentou a África nas bombachas do Brasil

    Tamboreiro, curandeiro
    No sopapo do ngomá
    Ilu chamou, deixa chamar
    Foi xirú de sarandeio
    Fez xirê de Sapaktá
    Correu lonjuras no destino do ifá

    E assim, nas barbas de um vento minuano
    Custódio Joaquim, nobre africano
    Juntou num só tambor
    Oyó, ijexá, nagô, jeje, cabinda
    Os ricos, desviou só na mandinga
    Batuque então brotou por todo o Sul

    Foi aí que o Bará entre as quinas do quintal
    Apontou pro piá a coroa ancestral
    Tua hora chegou, negrinho, de ser coroado
    O guri galopou com o futuro em sua mão
    Alupô, alupô abençoa nosso chão
    Canta o povo aguerrido e bravo
    Virtude é não fazer ninguém de escravo

    Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca / Buchecha / Belle Lopes / Ximeninho / Régis. Essa informação está errada? Nos avise.

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