Acadêmicos do Tatuapé - Samba-Enredo 2025

Justiça e diversidade em “Acadêmicos do Tatuapé - Samba-Enredo 2025”

O samba-enredo “Acadêmicos do Tatuapé - Samba-Enredo 2025” se destaca por unir a luta histórica do povo preto e dos marginalizados à busca por justiça e respeito à diversidade. O trecho “Bata seu tambor, respeite a minha fé / Reza pra quem é de aleluia / Ou pra quem é do axé” traz um apelo direto à tolerância religiosa, valorizando tanto as tradições afro-brasileiras quanto as cristãs. As referências a Xangô, orixá da justiça, e Maria, mãe de Jesus, reforçam a ideia de convivência e respeito entre diferentes crenças, convidando à empatia e ao combate à intolerância religiosa, que é um dos temas centrais do samba.

A letra também ressalta o orgulho e a resistência do povo preto, especialmente nos versos “Tatuapé, o poder do povo preto / Está presente em nós / Marginalizados, excluídos / Que a justiça seja sempre a nossa voz!”. A citação de líderes como Martin Luther King e Nelson Mandela conecta a luta global contra a opressão à realidade brasileira. Ao abordar temas como violência, exclusão e a busca por paz – “O caos imperava, oh dor inclemente! / É olho por olho, é dente por dente / Meu povo tá sofrendo mil anos ou mais” –, a música denuncia injustiças históricas e sociais, mas também propõe liberdade, orgulho e amor como formas de resistência. O refrão, repetido com intensidade, transforma o samba em um manifesto por justiça social, igualdade e respeito à diversidade, transmitindo emoção, esperança e um chamado coletivo à transformação.