Império da Tijuca - Samba-Enredo 2014

A força do batuque em “Império da Tijuca - Samba-Enredo 2014”

A letra de “Império da Tijuca - Samba-Enredo 2014” celebra o batuque africano como símbolo de resistência, comunicação e celebração no Brasil. O trecho “É nó na madeira, segura que eu quero ver / Coisa de pele, batuk ancestral” destaca a conexão física e espiritual com as raízes africanas, mostrando que o batuque é uma herança viva, passada de geração em geração. O samba enfatiza que essa herança vai além da música, estando presente em rituais, festas e práticas de cura, como nos versos “É dom de comunicação / Em cada cultura entoa rituais / Cura em devoção, magia dos sinais”.

O contexto do desfile de 2014, marcado pelo retorno da Império da Tijuca ao Grupo Especial após 17 anos, reforça o clima de celebração e superação. Ao dizer “Conquistou a nobreza, fez sua realeza / O primeiro Império da corte do samba”, a escola valoriza sua trajetória pioneira e a elevação do samba e da cultura negra a um lugar de respeito e orgulho. As referências a Zumbi e à kizomba ressaltam a luta e a união dos povos afrodescendentes. Já o trecho “Na ginga do corpo / Na batida do pé, axé, axé! / Eleva a alma, o canto e a dança / Unindo as raças na fé e na esperança” resume a mensagem principal: o batuque é uma força que une, cura e transforma, celebrando a diversidade e a esperança de um Brasil mais inclusivo.