
Mangueira - Samba-Enredo 2019
Samba-Enredo
Releitura histórica e resistência em “Mangueira - Samba-Enredo 2019”
“Mangueira - Samba-Enredo 2019” propõe uma revisão crítica da história do Brasil ao dar voz a personagens e lutas tradicionalmente marginalizadas. Quando afirma “a história que a história não conta / o avesso do mesmo lugar”, a letra questiona as versões oficiais e destaca o papel fundamental de mulheres, indígenas e negros na formação do país. O verso “Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento” desconstrói o mito do descobrimento, evidenciando a violência e o apagamento sofridos pelos povos originários e africanos escravizados. Já “tem sangue retinto pisado / atrás do herói emoldurado” denuncia o sofrimento oculto por trás das figuras heroicas celebradas nos livros didáticos.
O samba valoriza figuras como Dandara, símbolo da resistência negra, e Marielle Franco, representando a luta contemporânea por direitos humanos. Também cita os “caboclos de julho” e os “malês”, remetendo a movimentos históricos de resistência. Ao mencionar “as Marias, Mahins, Marielles, malês”, a letra amplia o reconhecimento das mulheres e dos grupos subalternizados, propondo um país “que não está no retrato”, ou seja, fora das imagens oficiais. A referência a “Lecis, jamelões” conecta a luta histórica à tradição da Mangueira, reforçando o papel da escola como guardiã da memória popular. Assim, o samba-enredo se apresenta como um manifesto por uma história mais inclusiva e plural, celebrando os heróis do povo e não apenas os do poder.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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