Mocidade Alegre - Samba-Enredo 2016

A Celebração da Herança Africana no Samba-Enredo 'Mocidade Alegre 2016'

A música 'Mocidade Alegre 2016' é um samba-enredo que celebra a rica herança africana e sua influência na cultura brasileira, especialmente no samba. A letra começa evocando Xangô, o orixá do trovão e da justiça, com o refrão 'Kaô, kaô meu pai Xangô'. Xangô é uma figura poderosa no candomblé e na umbanda, e sua presença na música simboliza força e proteção. A menção a Oyá, ou Iansã, a deusa dos ventos e tempestades, reforça a conexão com os elementos naturais e a espiritualidade africana.

A letra também faz referência a Oxumaré, o orixá da transformação e do arco-íris, e a Omolú, o orixá da cura e das doenças. Esses elementos destacam a diversidade e a profundidade da mitologia africana, que se entrelaça com a cultura brasileira. A menção à Praça Onze, um local histórico no Rio de Janeiro conhecido por ser um ponto de encontro de sambistas e figuras importantes do samba, como Tia Ciata, reforça a importância do samba como uma expressão cultural e social.

O samba-enredo também celebra a história do samba, mencionando a famosa canção 'Pelo Telefone', considerada o primeiro samba gravado no Brasil. A letra exalta a nobreza e a força do samba, que é protegido por Ogum, o orixá guerreiro. A música termina com uma celebração da Mocidade Alegre, uma escola de samba de São Paulo, destacando sua história e raízes. A letra é uma homenagem vibrante à herança africana e à sua influência duradoura na cultura brasileira, especialmente no samba.