Equatorial (part. Lô Borges)

Imagens de busca e despedida em "Equatorial (part. Lô Borges)"

"Equatorial (part. Lô Borges)", interpretada por Samuel Rosa e composta por Lô Borges, Beto Guedes e Márcio Borges, utiliza imagens de um "lugar sem lei" e de uma "noite equatorial" para expressar uma busca interior intensa e um sentimento de despedida. O termo "equatorial" vai além da referência geográfica, representando um estado emocional marcado por intensidade, calor e certa desordem, como em "lugar sem lei que me incendeia". Essa expressão pode ser entendida tanto como um ambiente físico quanto como um espaço emocional onde as regras habituais não se aplicam, permitindo que sentimentos profundos venham à tona.

A letra traz uma atmosfera contemplativa e nostálgica, evidenciada em versos como "meu adeus minha vila, meu adeus sideral", que sugerem despedidas de lugares ou de fases da vida. O trecho "onde morre a trilha do meu silêncio, vou te buscar" indica uma jornada para além dos próprios limites, em busca de alguém ou de algo que rompe o isolamento. A colaboração entre Samuel Rosa e Lô Borges, que une diferentes gerações da música mineira, reforça a ideia de conexão entre passado e presente, tradição e renovação. A frase "nesta noite nasceu meu pai" pode ser vista como referência às origens, ancestralidade ou a um renascimento simbólico, ampliando o alcance emocional da canção.