E Não Há Maior Tesouro do Que Ver Oxum Bailar

A devoção e a simbologia de Oxum em “E Não Há Maior Tesouro do Que Ver Oxum Bailar”

“E Não Há Maior Tesouro do Que Ver Oxum Bailar”, de Sandro Luiz, exalta Oxum como uma divindade que irradia beleza, luz e espiritualidade. A imagem de Oxum “toda coberta de ouro” e envolta pelos “raios dourados” do sol vai além da estética: nas religiões afro-brasileiras, o ouro simboliza riqueza espiritual, fertilidade e poder de cura, atributos que Oxum oferece aos seus devotos. O verso “E não há maior tesouro do que ver Oxum bailar” destaca que presenciar a manifestação da orixá é uma experiência de valor incomparável, superior a qualquer riqueza material.

A letra também utiliza elementos da natureza para reforçar a ligação de Oxum com as águas doces e a fertilidade. No trecho “Nas margens de um grande rio, aonde nascem os mais lindos lírios, ela se banha”, o rio e os lírios representam pureza, renovação e vida, características tradicionalmente associadas à orixá. O pedido para que Oxum faça do coração do devoto “um lago doce para ser seu lar” expressa o desejo de acolher sua energia amorosa e protetora, criando um ambiente de devoção e entrega espiritual. Assim, a música celebra tanto a beleza e o poder de Oxum quanto a busca por comunhão espiritual, transmitindo serenidade, reverência e encantamento diante do sagrado.