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Caribeño (part. Rauw Alejandro)

Saso

Diáspora e força em “Caribeño (part. Rauw Alejandro)”

“Caribeño (part. Rauw Alejandro)” transforma o alerta do “Servicio Nacional de Meteorología” (Serviço Nacional de Meteorologia) em afirmação de poder: “La tormenta no nos rompe / Nosotro' somos la tormenta” (A tempestade não nos quebra / Nós somos a tempestade). Inserida no projeto Cosa Nuestra: Capítulo 0, em que Rauw homenageia ritmos afro-caribenhos como a bomba e a salsa, a letra cartografa a linhagem sonora do Caribe: “no hay dembow sin Shabba Ranks” (não existe dembow sem Shabba Ranks) reconhece a base jamaicana; “Cassette Playero” (fita Playero) aponta as fitas de DJ Playero que moldaram o reggaeton em Porto Rico; “Merengue sin kompa no existiría” (o merengue sem kompa não existiria) registra a influência haitiana; e “la salsa buena... afro mambo... como lo' de Chan Chan” (a salsa boa... afro mambo... como o de Chan Chan) evoca o legado afro-cubano de Compay Segundo. “El Bronx es testigo” (O Bronx é testemunha) foca a diáspora, enquanto “romo y tambora” (rum e tambora) e o termo “cocolo” (termo histórico para afro‑antilhano na RD) celebram mistura, migração e resistência. No meio do perreo e do swagger de “gafas Versace” (óculos Versace), surge o duplo sentido de “dándole fuetazo', la dejo agua de pantie'” (dando aquela pegada forte, deixo ela com a calcinha molhada), símbolo do calor do baile e da energia que mantém a comunidade visível no “World Latin” (Latin mundial).

As imagens ligam identidade e sobrevivência. “Raíces” (raízes) e “umbilical” (umbilical) falam de origem incontornável; o tambor carrega memória e festa; o mar e a brisa conectam as ilhas e “Yemayá” (Iemanjá), enquanto “Shango” (Xangô) e “Eleguá” (Exu) trazem a espiritualidade iorubá. A “ceiba” (sumaúma) — árvore sagrada no Caribe — simboliza continuidade, “aunque venga el viento, sigue firme” (ainda que venha o vento, segue firme), e o “coral” (coral) encerra a metáfora: não é vidro frágil, é beleza resistente moldada por tempestades. A “mezcla bendita” (mistura bendita) — Taíno, África, “Castilla” (Castela) — define a base plural, e a exaltação da mulher caribenha, “fuego en sus caderas... poder de sanar” (fogo em seus quadris... poder de curar), coloca cuidado e liderança no centro. A emoção dominante é de orgulho combativo e alegria teimosa: dança-se como se a história não pesasse, não por escapismo, e sim por reinvenção — a festa como luta, a comunidade como a própria tempestade.

Composição: Rauw Alejandro / Saso. Essa informação está errada? Nos avise.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.

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