Raiz de Todo Bem

A celebração das raízes baianas em “Raiz de Todo Bem”

“Raiz de Todo Bem”, de Saulo Fernandes, destaca a forte ligação entre a herança africana e a identidade baiana, usando Salvador como símbolo desse encontro cultural. O verso “Salvador, Bahia / Território africano” vai além de uma simples localização: ele afirma como a cultura africana está presente no dia a dia da cidade, influenciando desde a música até a religiosidade. Saulo se inspirou em sua experiência com a Orquestra Rumpilezz para compor a canção, reconhecendo a importância de elementos como o Candomblé, a capoeira e a fé no Senhor do Bonfim, todos citados diretamente na letra como pilares da cultura local.

A repetição de frases como “África, iô, iô” e “Salvador, meu amor, a raiz de todo bem” celebra a ancestralidade africana como fonte de alegria, resistência e fé. Termos regionais como “Oxente”, “cabras da peste”, além de referências ao “chinelo de couro” e à “bata”, aproximam a música do cotidiano nordestino, mostrando orgulho das origens e da simplicidade. Ao mencionar “o canto Candomblé” e a “fé no Senhor do Bonfim”, Saulo evidencia o sincretismo religioso típico da Bahia, onde tradições africanas e católicas convivem. Assim, a música se torna um hino acolhedor à diversidade, à força e à alegria do povo baiano, transmitindo uma mensagem de pertencimento e respeito às raízes culturais.