Testarossa

Desejo, nostalgia e identidade em "Testarossa" de Schur

Em "Testarossa", Schur usa o famoso modelo da Ferrari como símbolo de liberdade, status e sonhos de uma vida melhor. A escolha do carro vai além do fascínio por esportivos: representa aspirações pessoais e uma nostalgia pelos anos 80. No verso “But if a spaceship only had two doors, no airbags built in '84” (Mas se uma nave espacial só tivesse duas portas, sem airbags, fabricada em 84), o artista compara a experiência de dirigir a Testarossa a uma aventura fora do comum, sem as seguranças modernas, evocando autenticidade e o espírito ousado daquela época.

Schur também utiliza expressões em italiano, como “macchina magnifica” e “Non si potrebbe guidarla senza sentirsi mitica” (não se poderia dirigi-la sem se sentir mítica), para reforçar o glamour e a exclusividade ligados à Ferrari. O refrão “Down the road I'd like to be the tan interior” (Na estrada, eu gostaria de ser o interior bege) mostra o desejo de não só possuir, mas de se fundir com esse universo luxuoso, tornando o carro parte da própria identidade. Ao longo da música, o artista alterna entre a fantasia de ter a Testarossa e uma autocrítica bem-humorada sobre gastar dinheiro em sonhos, como em “Day dreaming thinking what a fool's errand / Spending all my money on a white stallion” (Sonhando acordado, pensando que é uma missão tola / Gastando todo meu dinheiro em um garanhão branco). Mesmo assim, ele admite que não resistiria à tentação. Com tom leve e sonhador, "Testarossa" celebra o poder da imaginação e o desejo de superação através de símbolos de luxo e liberdade.