Mary Was An Anarchist

Mary Era uma Anarquista

Mary era uma garota com uma causa
Ela estava simplesmente de saco cheio
Mary se mudou pra Berkeley
E enfiou alfinetes na cara como uma forma de protesto
Contra a opressão do seu sexo
Mary deu uma volta no parque com um cartaz na mão
Mary jogou uma pedra em um policial e, cara, ela se sentiu um homem
E você sabe, a feiura se tornou parte dela
Mas agora ela se foi
Ela não aguentava mais
E o que ela conquistou?
Conquistou um marido que encarna tudo que ela odiava
E todos os amigos de anos atrás
Estão vendendo ações da IBM
Justo quando Mary finalmente percebeu
Que não podia mudar o mundo
Mas Mary frequentemente olha pra trás com carinho
E se dá tapinhas nas costas
Por uma versão conveniente e romantizada dos fatos
Do que ela tinha feito
Mas ela não mudou um único filho da puta opressor
Que a fez ser quem era
E o empoderamento que ela sentiu
Era só uma migalha
Comparado a todas as piadas que ela se tornou
E agora ela está na mesa da cozinha, sozinha
E acabou exatamente como a mãe dela.