Touch

A busca por identidade e saudade em “Touch” de Seal

Em “Touch”, Seal explora como a ausência de alguém amado pode abalar profundamente a identidade de uma pessoa. A repetição da pergunta “Who am I” (“Quem sou eu”) mostra que o narrador se sente perdido sem o contato físico e emocional com o outro. Elementos sensoriais como “your eyes, your mouth, your lips, your touch” (“seus olhos, sua boca, seus lábios, seu toque”) deixam claro que a saudade não é apenas emocional, mas também física, marcada pela falta concreta da presença e dos gestos do outro.

O contexto do álbum “Seal IV” e a influência do soul e R&B reforçam o tom introspectivo e sensível da música. A letra alterna entre lembranças de momentos íntimos e a incerteza sobre o futuro, como em “Of what would be, well, no one knows, still” (“Sobre o que será, bem, ninguém sabe, ainda assim”). Apesar dessa incerteza, o refrão “let it be” (“deixe estar”) sugere uma aceitação resignada: mesmo diante da dor e da busca por respostas, o narrador reconhece que só o tempo pode trazer clareza. Assim, “Touch” reflete sobre como o amor e a ausência moldam nossa identidade e como a busca por sentido continua, mesmo diante do vazio deixado por quem se foi.