Templo de Piceas (part. HUMBE)

Memória e afeto em “Templo de Piceas” de Sebastián Yatra

Em “Templo de Piceas (part. HUMBE)”, Sebastián Yatra utiliza a imagem do templo de piceas — referência a um tipo de árvore — como símbolo de um espaço íntimo de memória e conexão afetiva. Esse cenário, inspirado pelo videoclipe gravado entre árvores no Deserto de los Leones, representa um refúgio onde as lembranças da pessoa amada permanecem vivas, mesmo com a distância física. O verso “En el grande templo de piceas, siento tu frescura” (“No grande templo de piceas, sinto seu frescor”) reforça essa ideia de presença constante e renovadora.

A música mistura nostalgia e delicadeza ao destacar gestos e detalhes do cotidiano, como a camisa larga, a silhueta contra a luz e os “pétalos en la brisa” (“pétalas na brisa”). Esses elementos sensoriais transformam momentos simples em símbolos de ternura e saudade. A menção ao “trébol de cuatro ranuras” (“trevo de quatro folhas”) e ao “Sol que regresó para verte” (“Sol que voltou para te ver”) sugere que a pessoa amada é vista como sinal de sorte e renovação, trazendo luz ao dia a dia. O clima leve e espontâneo, também presente no processo criativo do videoclipe, reforça a celebração da beleza dos pequenos momentos e a força do afeto, que resiste ao tempo e à ausência.