Style Kokushibou II - Progenitor da Lua

A Tragédia e a Solidão de Kokushibou: Uma Análise de 'Style Kokushibou II - Progenitor da Lua'

A música 'Style Kokushibou II - Progenitor da Lua' da banda SecondTime é uma imersão profunda na psique de Kokushibou, um personagem do popular anime e mangá 'Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba'. A letra explora a complexidade emocional e a tragédia pessoal de Kokushibou, um dos principais antagonistas da série, que se tornou um demônio após sucumbir à inveja e ao desejo de poder.

A letra começa com uma reflexão sobre o tempo e a identidade, mencionando que 400 anos se passaram e o protagonista não sabe mais quem é. A inveja de seu irmão Yoriichi, um espadachim excepcional, é um tema central que o levou a se transformar em um demônio. A música descreve a habilidade de Kokushibou em combate, destacando suas técnicas letais e a superioridade sobre os caçadores de demônios, conhecidos como Hashira. A repetição de 'Eu posso sentir, eu posso te ouvir' sugere uma conexão persistente e dolorosa com seu passado humano e seu irmão.

A canção também aborda a solidão e o arrependimento de Kokushibou. Ele carrega uma flauta, um símbolo de seu vínculo com Yoriichi, e expressa medo do sol, embora não se lembre do motivo. A letra transmite uma sensação de desespero e vazio existencial, especialmente nas linhas 'Tô vivo? Não sei, eu nem sinto que existo'. A luta interna de Kokushibou é evidente, pois ele se vê como um réu de suas próprias escolhas, vivendo uma existência amarga e solitária.

A música culmina com a descrição de batalhas sangrentas e a inevitabilidade da morte, tanto para os Hashira quanto para Kokushibou. A 'Respiração Lunar' é uma técnica que simboliza sua transformação completa em demônio e sua desconexão com a humanidade. A repetição de 'Quando a noite chegar, a Lua desce aqui' reforça a ideia de que a escuridão e a tragédia são constantes em sua vida. A música é uma poderosa exploração da tragédia pessoal, da inveja e da solidão, encapsulando a essência do personagem de Kokushibou de maneira visceral e poética.