
O patrão nosso de cada dia
Secos & Molhados
Crítica à alienação do trabalho em “O patrão nosso de cada dia”
O título “O patrão nosso de cada dia” faz um trocadilho direto com a oração cristã “Pai Nosso”, destacando a crítica social central da música. Ao trocar o sagrado pelo cotidiano do trabalho, Secos & Molhados expõem como a relação entre trabalhador e empregador assume um caráter quase religioso de submissão e dependência. Isso fica claro nos versos “Eu vivo preso à sua senha, sou enganado” e “Eu solto o ar no fim do dia, perdi a vida”, que expressam o sentimento de aprisionamento, desgaste e alienação enfrentados por quem está preso à rotina opressora do trabalho.
O refrão repetido “O patrão nosso de cada dia, dia após dia” reforça a ideia de monotonia e inevitabilidade, mostrando que a figura do patrão se tornou uma presença constante e inescapável na vida do trabalhador. Os sinos tocados no início e no fim da faixa simbolizam o ciclo diário do trabalho, marcando o começo e o fim da jornada, como se a vida estivesse condicionada a esse ritual. A melodia melancólica e a incerteza dos versos “Eu já não sei se sei / De tudo ou quase tudo / Eu só sei de mim, de nós, de todo o mundo” evidenciam a confusão e a perda de identidade causadas pela rotina exaustiva. Assim, a canção se destaca como uma reflexão crítica sobre a alienação e o esvaziamento existencial provocados pelo trabalho em relações de poder desiguais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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