Gasoline

Crítica à superficialidade e autodestruição em “Gasoline”

A música “Gasoline”, da Seether, aborda de forma direta a relação entre obsessão, autodestruição e a busca por padrões superficiais de beleza. O narrador expressa tanto inveja quanto desprezo pela jovem que tenta se encaixar nesses padrões, evidenciado no verso “wanna waste her monthly blood / get some gasoline and burn the house down” (quer desperdiçar o sangue mensal dela / pegar gasolina e queimar a casa toda). Aqui, a letra mistura sexualidade, repulsa e o desejo de destruir tudo que representa a ilusão e a dor desse relacionamento.

O videoclipe reforça essa crítica ao mostrar a personagem feminina tentando esconder palavras como “mentirosa” e “hipócrita” com maquiagem, simbolizando a tentativa de mascarar inseguranças e falhas pessoais por meio da aparência. A menção a “getting high on Revlon” (ficar chapada com Revlon) ironiza o vício em cosméticos e a dependência de validação externa. O refrão, ao afirmar que ela “não tem ninguém para odiar, exceto eu”, revela como o ressentimento e a amargura acabam sendo direcionados ao parceiro, transformando o relacionamento em um ciclo de culpa e autodestruição. O ato de incendiar as revistas no final representa a vontade de romper com essas ilusões, mesmo que isso envolva destruir tudo ao redor.