Divã

Desejo e reconciliação em "Divã" do Sem Compromisso

A música "Divã", do grupo Sem Compromisso, explora a mistura de desejo, saudade e intimidade em um relacionamento marcado por altos e baixos. O "divã" funciona como símbolo central, remetendo tanto ao móvel usado em sessões de terapia quanto a um espaço de confissão e entrega entre os amantes. Esse ambiente íntimo permite que sentimentos e desejos sejam expostos sem reservas, como fica claro quando o eu lírico admite: "restou um pouquinho de amor" e "te amar não foi ruim". Essas frases mostram que, apesar das dificuldades, ainda existe paixão e vontade de reaproximação.

A letra utiliza imagens sensuais, como "lençóis azuis" e "seu facho de luz a penetrar num só gemido", para criar um clima de desejo e conexão física. O verso "o meu peito é bandido, querendo só paixão" revela o conflito entre razão e desejo, indicando que a vontade de reviver a paixão supera as tentativas de esquecer o passado. Característica do pagode romântico dos anos 90, a canção valoriza a expressão aberta dos sentimentos e a sensualidade, transformando "Divã" em uma celebração da entrega amorosa e da busca por reconciliação através do prazer e da cumplicidade.