Sábado Morto
Sérgio Eduardo Amaral
Em cada passo que dou
Tudo parece escurecer mais
Já não sei quem sou
Todos somos simplesmente mortais
Não preciso ter nome
Melhor é ser desconhecido
Não sinto nenhuma fome
De comida nunca necessito
Agora só ouço o silêncio
As ruas parecem desertas
Nem sei mais o que penso
Vou vivendo sem ter metas
(refrão)
Ohhh! Onde eu estou?
O que as pessoas fazem aqui?
Quem! Será o amanha
Deste sábado morto
Ninguém ouve minha voz
Só vejo rabiscos na parede
Eles não precisam de nós
Nem com calor eu sinto sede
(refrão)
(solo)
Vivo sozinho e sem família
Para mim tudo é estranho
Não é necessária a vitória
E quando venço nunca ganho
(refrão)
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