Magalenha (part. Claudia Leitte)

Força feminina e ancestralidade em “Magalenha (part. Claudia Leitte)”

Em “Magalenha (part. Claudia Leitte)”, Sérgio Mendes celebra a força feminina e a ancestralidade afro-brasileira, usando Magalenha como símbolo central. O convite para “trazer a lenha pro fogão” e “fazer armação” faz referência à tradição de reunir pessoas em torno do fogo, um gesto que representa união, celebração e partilha, especialmente em festas populares e comunidades rurais. O clima de verão e a expressão “alegria de coió” reforçam o espírito descontraído e festivo típico das celebrações brasileiras.

A música também homenageia as raízes africanas presentes na cultura nacional, como na menção ao “calango da pretinha”, que destaca ritmos e danças de origem africana. O trecho “Tô cantando essa modinha pra senhora se lembrar daquele tempo que eu vivia lá na roça” traz uma nostalgia afetiva, valorizando a memória das mulheres negras e suas histórias de resistência. Ao citar “Africana da Alemanha, Negalora do pelô”, a canção mistura origens e trajetórias, simbolizando a miscigenação e a pluralidade cultural do Brasil. A fusão de estilos musicais, como samba, rock, funk e axé, reforça essa celebração da diversidade. Por fim, o verso “O Sol nasceu, o mundo acabou e a gente continua dançando” mostra que, mesmo diante das adversidades, a alegria e a dança seguem como formas de resistência e renovação.