Boiadeiro

A Jornada do Boiadeiro: Amor, Trabalho e Simplicidade

A música "Boiadeiro" de Sérgio Reis é uma celebração da vida simples e do trabalho árduo do homem do campo. A letra descreve a rotina de um boiadeiro que, ao amanhecer, segue pela estrada com sua boiada. Embora ele tenha apenas dez cabeças de gado, ele as valoriza profundamente, destacando que, apesar de serem poucas, são as mais bonitas da região. Essa valorização do pouco que se tem é uma metáfora para a apreciação das pequenas coisas na vida, um tema recorrente na música sertaneja.

No segundo verso, o boiadeiro retorna pela estrada ao entardecer, onde é recebido por seus dez filhos. Novamente, a quantidade é pequena, mas o valor emocional é imenso. A espera ansiosa dos filhos pelo pai simboliza a importância da família e do lar, reforçando a ideia de que a verdadeira riqueza está nos laços afetivos e não nos bens materiais. A repetição do número dez e a expressão "é muito pouco, é quase nada" enfatizam a humildade e a gratidão do boiadeiro por aquilo que possui.

Por fim, ao chegar em casa, o boiadeiro é recebido por sua esposa, Rosinha. A descrição dela como "pequenina, miudinha, é quase nada" segue a mesma linha de valorização do que é simples e modesto. A música termina com o boiadeiro guardando seu gado e indo ao encontro de sua amada, fechando o ciclo diário de trabalho e amor. Sérgio Reis, com sua voz marcante e estilo sertanejo autêntico, consegue transmitir uma mensagem de simplicidade, amor e gratidão, características que ressoam profundamente com a cultura rural brasileira.